'Vamos lá fazer o que será"

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sábado, 20 de agosto de 2016

Brasília- Tocantins Poético e Lendário


                                 Biblioteca Nacional de Brasília

















Embaixador Raul de Taunay








Meire Monteiro- Presidente da AIC- Academia Internacional de Cultura

Nazareth Tunholi- Vice Presidente da Academia Internacional de Cultura


Coral Literário Alegria

Presidente da Academia Taguatinguense de Letras Gustavo Douradoe sua Maria Félix




Escritores Maria Félix Fontele e Gustavo Dourado


Puhana e Gérsica

Tenor Joel Oliveira




Escritora Maria de Ariston

Nestor Kirjner


Literatura Tocantinense

Poeta e músico Flamarion Antônio

Auristella Galhardo

Músicos Valdira Ferreira e Luís Gonzaga





Sebastião Teodoro Gomes- Presidente da Academia de Música e Letras



Iva Costa






             Memorável Tocantins Poético e Lendário- Por Maria de Ariston

 Projeto “Tocantins Poético e Lendário”, de Irma Galhardo, Edital nº 03/ 2014 - Bolsa de Fomento à Literatura da DLLLB/FBN/MinC – edição BRASÍLIA/DF. (Por Maria de Ariston)

Não, eu não sou suspeita para falar. Eu, que sou conterrânea, amiga e admiradora incorrigível da escritora e cordelista Irma Galhardo e que venho acompanhando de muito perto a sua trajetória literária com um olhar um tanto crítico, cismado e solícito como pretenciosa pesquisadora que almeja biografá-la, sinto-me, em certa medida, acanhada ao discorrer sobre o evento “Tocantins Poético e Lendário” que aconteceu, no dia 05 de abril de 2016, na Biblioteca Nacional de Brasília, pois receio incorrer-me em injustiças em razão de minha cosmovisão crítico-literária míope e certa desinteligência em coordenar pensamento, linguagem e emoção para dizer em palavras o que realmente foi o evento em sua exata dimensão.

Gosto de me embrenhar na Literatura, qual seja, como quem se embrenha num vergel para dele colher o mais doce fruto, o mais suave mel; beber até a última gota de comunicabilidade – néctar que a arte literária esconde em seus nectários –, para então sair polinizando e polemizando saberes e poesia nos espaços que habito. Participar do Tocantins Poético e Lendário, de Irma Galhardo, em duas de suas dez edições – “Biblioteca Arthur Viana, Belém/PA, em 03 de março/2016” e “Biblioteca Nacional de Brasília-DF, em 05 de abril/2016” – foi como ler um livro emblemático, abissal em imagens e significados: verdadeira epopeia tocantinense, eu diria, extraordinariamente poética e lendária passível de muitas re/leituras. Se eu tivesse que resumi-lo em uma única palavra, diria “emoção”, e já estaria de bom tamanho, sem ter que entrar na seara de que a “edição Brasília/DF” foi sucesso imensurável e de grande aceitação do respeitável público que soube honrar o convite e apreciar o evento. Emoção desmesurada que me permite, aqui, ser um tanto prolixa sem ter que me furtar do subjetivismo e preciosíssimo que me são devidos.

Foi com um olhar de enleio e um espírito desbravador que, naquela tarde, empreendi viagem à Literatura tocantinense. Embrenhando-me naquele cenário literário plurissignificativo, deixei me perder nas vastíssimas verdes-matas do Tocantins (poético e lendário). Primeiramente a alegria revestida da expectativa que toda viagem prefigura. Depois, a emoção, o frenesi, o saborear de doce odisseia ao desvendar as belezas topográficas, físicas e espirituais do Tocantins Lendário de Irma Galhardo, somando a tudo isto os saberes apreendidos.

O pequeno bote, a descortinar paisagens, após percorrer as doiradas plagas das Letras tocantinenses, levou-me a terras longínquas, além-mar. Tudo ali naquele auditório da Biblioteca Nacional de Brasília era muito fabuloso, lendário, mítico, místico. Permita-me, aqui, a redundância de ideias. Numa primeira enseada, a emoção ao ouvir o mavioso canto da mãe-d’água, que me arrancou lágrimas... quero dizer, do Coral Alegria, o Coral Literário de Brasília que, durante o evento, maravilhou a plateia com seu repertório seleto, seu engenho poético, seu virtuosismo e sua alegria. E não tardou a dar o ar da sua graça o “Pirarucu Encantado” – uma belíssima releitura da lenda do boto cor-de-rosa, personificação da mitologia e folclore brasileiros – que se desencantou transformando-se num apaixonante príncipe que me tirou para dançar. Impossível não bailar, à ocasião, ao som do grandiloquente Coral Literário de Brasília e ao sabor do emblemático Tocantins Poético e Lendário. Naquele ínterim, ao fundo da mata-virgem, pude vislumbrar o “Pai da Mata” todo enciumado, ali, todo prosa, a me espreitar com cara de quem almejava um dedo de prosa.

Seguindo viagem, a sequência foi um rosário de preleções e “performances” artísticas que me conciliou o espírito e me encheu os olhos de saberes, de arte e de poesia.
Galhardo, com sua galhardia, encantou-me com sua preleção e declamação de seus epopeicos poemas. Apresentou-me a nação Ritxoko e me contou a História do estado do Tocantins numa versão inusitada.

A Esplanada dos Ministérios, palco de constantes inquietudes, às vésperas da votação da abertura do processo de “impeachment” da então presidente da República, se fez calmaria naquela tarde de 05 de abril para acolher o Tocantins poético e lendário de Irma Galhardo que chegara florido, cromático e festivo, trazendo na mala um ramalhete de capim-dourado com o qual benzera a capital federal do Brasil contra os possíveis quebrantos e jetaturas. O Coral Alegria, a certa altura, espargiu harmonia em tons e semitons de poesia com o “Canto-Brasília” do Velho Menestrel Nestor Kirjner, poeta-musical de grande quilate. O “Hino” de Kirjner, prece e louvor, subiu aos céus (de brigadeiro) como puro nardo, chegando às narinas de Deus e retornando, em seguida, na forma de benesses divinas, gotículas a impregnar toda atmosfera do planalto Central – outrora árida, deletéria, densa de negras nuvens. O ar se rarefez novo, ameno, respirável e o sol raiou descortinando horizontes de paz e de esperança. Ao cair da tarde, os sinos da Catedral de Brasília, adjacentes, soaram retumbantes, como a dizer Amém em anuência à prece entoada ali na Biblioteca Nacional. Impossível ignorar os oráculos conciliáveis da poesia. Um “Canto-a-Brasília”, um antecipado “Parabéns a Você” pelo quinquagésimo sexto aniversário da capital federal, em 21 de abril. Impossível não perceber o patriotismo renovado com que os convivas, ali, se vestiram.

Nesta fantástica odisseia, sem sair do conforto daquela moderníssima Biblioteca, o pequeno bote levou-me além-mar. Adentrei os gerais da Literatura do planalto Central, bem como os cerrados do Centro-Oeste – aqui, de mãos dadas com o visconde de Taunay que não só escreveu “Inocência” como também uma “Epopeia Tocantinense” (magistralmente resgatada, séculos depois, pela cordelista e historiadora Irma Galhardo), inscrevendo-se, dessarte, na História do estado do Tocantins como deputado da Província de Goiás e do Brasil e como célebre escritor, estadista, professor e historiador brasileiro. Desbravei as virgens-matas da Literatura regional da Amazônia Legal e, por fim, percorri as vastíssimas caatingas, campinas e sertões da Literatura brasileira. Tudo isto graças à Literatura fantástica de Irma Galhardo e de tantos outros literatos daquelas plagas tocantinenses que estiveram presentes por meio de suas obras físicas; graças, também, ao público de primeiríssima água e de diversificada ordem que ali registrou presença – distintos artistas e escritores de toda sorte (candangos, brasilienses ou filhos desse Brasil continental radicados em Brasília): poetas, contistas, cronistas, cordelistas, romancistas, críticos literários, músicos, magísteres, jornalistas, historiadores, produtores culturais etc., representando, em grande número, as suas arcádias literárias brasilienses e que ventilaram luz às Letras tocantinenses em apreciação. Naquela ocasião, eu tive dúvida se o Tocantins viera a Brasília ou se Brasília fora ao Tocantins, porque no fim o que apreendi foi esse caldo literário brasiliense-tocantinense-nacional num mesmo terreiro brasileiro. É que os escritores do planalto Central também tiveram espaço para falas, declamação de seus poemas, sessão de autógrafo e doação de suas obras ao público.

O evento foi encerrado com chave de ouro com a oração de sapiência do nobre embaixador e escritor Raul de Taunay – o “Viniciuszinho do Planalto” bisneto do visconde de Taunay – poeta e romancista renomado, autor de “Meu Brasil angolano (romance, 1985)”; “O andarilho de Malabo: Poemas de um Diplomata Internauta pelos Continentes (poesia, 2015) e Anotações de um Diplomata Internauta pelos Continentes (crônica, 2015)”; “Na Legenda dos Séculos (romance/ficção, no prelo)”, dentre outros. Ele, que é poeta “diplomata internauta pelos continentes”, em trânsito, viajor, um escritor empenhado em cumprir a sua função social, ao empunhar a sua lira não deixa de vaguear espaços geográficos e não passa desapercebido aos emblemáticos “locus amoenus” e “lucus horrendus” ou aos lugares e não lugares pelos quais transita; celebra a vida como também denuncia os desdouros, as desditas humanas. Em sua “fala-divagação” – conforme ele mesmo a intitulou – revela-se um exímio historiar e crítico-literário que muito corroborou com os ditos e os não-ditos das preleções daqueles que o precederam na programação. Vale o registro de sua “reflexão” a respeito da Literatura de Irma Galhardo e sua relevante importância no bojo das Letras brasileiras, bem como o “status” destas no cenário internacional. Para Taunay, em outras palavras, a nossa Literatura por longo período assimilou a literatura europeia e a assimilou muitíssimo bem – fato que ele vê com bons olhos – mas que atualmente podemos nos orgulhar de termos uma literatura que desfruta seu auge e se desponta lá fora como uma literatura consolidada, patrimônio brasileiro, genuinamente nossa, símbolo de identidade nacional, graças ao empenho do escritor brasileiro – a exemplo de Irma Galhardo – em se expressar de modo coletivo com inserção de temas que valorizam nossa singularidade, cultura, língua, mitos, “modus vivendi” e “modos operandi”, enquanto região, enquanto nação. A Literatura brasileira já não se trata de “literatura-importação”, consignou o autor de O andarilho de Malabo. Tampouco se trata de um “galho secundário da literatura portuguesa, aqui transplantada, por sua vez arbusto de segunda ordem no jardim das Musas” – para citar o mestre Antonio Candido, autor de “Formação da Literatura Brasileira: momentos decisivos”. A Literatura da cordelista e escritora Irma Galhardo – observou Taunay – vem contribuir com a consolidação de nossas Letras exatamente pela relevância de sua temática regionalista e de resgaste da mitologia e folclore brasileiros, bem como do registro das peculiaridades de um povo que busca reafirmar-se enquanto estado do Tocantins, recém constituído, ainda por se re/descobrir nas Artes e nas Letras do Brasil.

Vale o registro das academias presentes e especial participação de seus representantes que abrilhantaram o evento com suas presenças e corroboraram para com o debate: Academia Internacional de Cultura (AIC) – escritora Dra. Meire Fernandes (presidente) e jornalista e escritora Nazareth Tunholi (vice), declamaram poemas de própria autoria e fizeram doações de seus livros ao público; Academia de Letras e Música do Brasil (ALMUB) representada por seu presidente, maestro Sebastião Theodoro Gomes e vice-presidente, jornalista Nazareth Tunholi. Theodoro refletiu, com muita propriedade, sobre a música e sua relevância na educação e identidade de um povo e aconselhou que “é preciso saber ouvir”, especialmente a boa música e principalmente quando se vive um cenário nervoso, confuso e barulhento como o atual momento brasileiro; Academia Taguatinguense de Letras (ATL), representada pelo cordelista, escritor e professor Gustavo Dourado (presidente), pela primeira-dama Maria Fontele e por um sem-número de seus acadêmicos, expoentes da cultura e das Letras brasilienses. O presidente da ATL declamou um poema-cordel de sua autoria dedicado à sua esposa Maria Fêlix Fontele – expressiva escritora tocantinense radicada em Brasília, homenageada do evento Tocantins Poético e Lendário, à ocasião. Fontele, por sua vez, declamou poemas de sua autoria, cita-se “Origem”, poema em que a poeta e jornalista exalta o seu Tocantins; Coral Alegria – o Coral Literário de Brasília –, representado pela maestrina Anna Boccuci, seu diretor-musical Nestor Kirjner e vocalista Joel Oliveira.

Registra-se ainda as presenças de Luiz Oliveira com seu Violão e cantora Valdira Ferreira; os conterrâneos da escritora Irma Galhardo: poeta Flamarion Costa; Ítala Oliveira e família; Iva Rocha e primas: Puana, Gersica e Auristela Galhardo.
Fica o registro desse escorreito evento que fez história em Brasília, agregando-me conhecimento e valores e que muito contribuiu para a interação de escritores e produtores culturais, bem como para o fomento à Literatura, a divulgação e valorização das Letras e Cultura tocantinenses. Fica ainda o registro de minha eterna gratidão à escritora Irma Galhardo que sabe semear poesia e saberes por onde passa e por sua contribuição literária às Letras brasileiras; minha eterna gratidão a todos que compareceram ao evento e fizeram o Tocantins Poético e Lendário, de Irma Galhardo, acontecer em Brasília.

O Projeto TOCANTINS POÉTICO E LENDÁRIO, foi aprovado no Edital nº 03/2014 - Bolsa de Fomento à Literatura da DLLLB/FBN/MinC. A escritora Irma Galhardo percorreu o país passando por dez capitais brasileiras – Salvador, Goiânia, Belém, São Luís, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, João Pessoa, Fortaleza e Belo Horizonte – divulgando a Cultura e Literatura tocantinenses por meio de sua interação com o público, sorteio de livros da autora e de diversos escritores tocantinenses, bem como doações significativas para acervos das bibliotecas das capitais contempladas. Saiba mais em Tocantins Poético e Lendário: https://www.facebook.com/Tocantins-Poético-e-Lendário-765271946907051/

A escritora Irma Galhardo é graduada em Direito com registro na OAB, especialista em História da África e do Negro no Brasil e em Docência do Ensino Superior, mas gosta mesmo é de ser Contadora de Histórias e Cordelista. Nasceu em Correntina-Bahia, mas mora no Tocantins onde ocupa lugar de referência na Literatura Infantil, sendo autora de significativos projetos de apoio à leitura, contemplado em edital do MinC. Seu livro Epopeia Tocantinense é paradidático em várias escolas do estado e consta das bibliotecas públicas dos 139 municípios do Tocantins, por meio de edital. É membro da Academia Palmense de Letras no Tocantins, membro correspondente de algumas Academias de Letras do Brasil e já participou oficialmente de Salões do Livro na Suíça e na Itália. Livros publicados: EPOPEIA TOCANTINENSE; PAI DA MATA; PIRARUCU ENCANTADO; A BUIÚNA; RITXOKO, além de participação em importantes antologias nacionais e internacionais.

 

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 http://www.portaldaamazonialegal.com.br/2016/04/04/projeto-tocantins-poetico-e-lendario-de-irma-galhardo/   


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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Goiânia- Tocantins Poético e Lendário


            Biblioteca Marieta Telles Machado- Biblioteca Chafariz




Participação especial dos escritores Chico Perna e Lucelita Maria

Amigas queridas Edel e Rô

Laercio Correntina e esposa

Escritores


Primas queridas Vânia e Wilma Galhardo

Como antigamente

Escritor Helverton Walnir

Tia Neta

Beni, Marvione, Mirna, Vânia, eu e Lucelita

Músico Adalto da antiga dupla Vanda e Adalto

Renato Galhardo Neto ilustrador do livro Pirarucu Encantado

Tia Arlete

Tia Cleide


Antigos frequentadores da Biblioteca Chafariz

Renato, Cecília e Manoela


Beni

Meu sobrinho Gabriel