'Vamos lá fazer o que será"

'Vamos lá fazer o que será"

domingo, 29 de dezembro de 2013

Lançamentos dos Livros


EPOPEIA TOCANTINENSE
Lançado em 2011 na FLIT- Feira Literária Internacional do Tocantins












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PAI DA MATA
Lançado na FLIT 2012




       Com Marina Boaventura, artista plástica ilustradora do livro, e meus filhos Sofia e Bulhões









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PIRARUCU ENCANTADO
Lançado na FLIT 2012



                                              Com meus filhos Sofia e Bulhões


                                      Com minha amiga querida Cleya Nunes

                                  Com Nival Correia, renomado diretor de teatro

              Com um jovem leitor que quis conhecer quem escreveu o Epopeia Tocantinense, já lido por ele.


                                                    Governador Siqueira Campos


                                     Cleya Nunes e Odir Rocha - ex-prefeito de Palmas.



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RITXOKO
27º Salão do Livro e da Imprensa de Genebra- - Suíça





                        Com Narubia Werreria, índia Karajá, artista plástica e ilustradora do livro


                                       Com o Embaixador Ernesto Rubarth






                                          Com o escritor Valdeck  Almeida
                                      Com as escritoras Flávia Assaife e Deucélia Maciel




Com a escritora portuguesa Rita Pea e a professora de universidade francesa Roselis Batistar


           



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RITXOKO em Berlim - Alemanha







                                                   Com a Vice-cônsul Regina Rezende







CAJUÍ E AÍ? Irma Galhardo

Cajuí e aí?
               
É tempo de mangas...  E eu mais uma vez, tendo que buscá-las na vizinhança! Logo eu, que considero "pé de manga" um elemento indispensável a uma casa, aqui em Palmas. Eu, que sempre amei os quintais, ao invés de casas e que preferi adquirir um quintal com modesta casinha a uma bela casa com pequeno quintal, só para ter mangueiras!

Tudo isso culpa do meu pé de cajuí. Sim, porque, é claro que minha primeira providência ao adquirir o quintal, foi plantar uma mangueira, já que não havia espaço para uma fava-de-bolota. E como eu tivesse pressa em possuir uma frondosa sombra, nem pude me dar ao luxo de esperar. Neguei-me tal prazer diante da urgência de outro maior: a sombra da minha mangueira, a tão sonhada sombra que seria a fiel companheira e testemunha dos meus delírios literários!

Assim, procurei uma muda já crescida, para não ter que esperar tanto. E apesar de achar mais importante a sombra, resolvi escolher uma espécie que fosse também saborosa, pensando num duplo prazer futuro. Não precisei andar muito para descobrir, embaixo de uma mangueira, de deliciosos frutos, uma pequena muda, bem no canto do muro. Quando comecei a cavar para retirá-la, descobri o que já suspeitava: a raiz era muito profunda, a mangueirinha estava há um longo tempo ali. Seu crescimento fora atrofiado pelas adversidades da estiagem e do muro. Então, tendo que cavar bastante e, sem luvas, usando como ferramenta uma colher, vi minhas mãos sangrarem. Continuei até conseguir extrair uma raiz enorme e desproporcional para minha raquítica mangueirinha. Sim, porque agora ela era a minha, já me pertencia!

Após uma espécie de parto, ninguém iria me convencer que teria sido melhor uma árvore sem traumas. Aquela era a minha, e eu estava disposta a ajudá-la a superar tudo, até conseguir ostentar sua majestosa sombra. Como eu me dediquei! Com muito cuidado escolhi um local, contei passos, analisei, evitei a proximidade de postes e fios, preparei a melhor “cama” de terra preta, entoei mantras e num verdadeiro ritual xamânico, deitei amorosamente minha muda ao solo. Ela me agradeceu!


Foi crescendo, crescendo, crescendo...  eu embevecida, dedicava-lhe meu extremo afeto. Cheguei até ordenar uma poda no cajueiro, para não interferir em seu desenvolvimento. Logo eu, que não aceito podas de nenhuma espécie!


Por fim, chegou o grande dia da florada!
Algo porém, estava estranho, não tinha cheiro de flor de manga. Observei bem e constatei que também nem tinha aspecto de manga. Então, decepcionada, descobri que havia sido iludida durante todo esse tempo: não havendo flor de manga, não era uma mangueira!

Revolta de mãe enganada! Seria possível?
Tanto tempo gasto gestando minha sombra de mangueira iria resultar  em outra sombra de cajueiro? Não, cajueiro eu já tinha dois, não havia espaço para mais um. E sombra de cajueiro não produz versos, não os daqui de casa! As sombras são mirradinhas, sem força para lutar contra um sol que incide próximo ao paralelo 13. São sombras de árvore de aspecto sucumbente, já castigadas pela inclemência do astro maior e sem condições de gerar beleza poética.

Eu queria minha sombra de mangueira, havia plantado uma mangueira. PROCOM?  
Machado! Foi meu primeiro impulso, impulso homicida. Então, e todos os meus anos de ativismo?
Ainda bem que nunca comprei um machado! E ainda bem que somos propensos a reconsiderar! Reconsiderei. Primeiro tive que me convencer, relatando intimamente a luta da arvorezinha que resistiu mais de ano entre as frestas de um muro, sem contato com terra fofa, água ou nesga de sol. Humanizei a trajetória de vida do meu pequeno cajueiro e o perdoei, como perdoamos àqueles que são sujeitos a infortúnios.

Ele soube agradecer!
Sua gratidão veio em forma de grande carga, frutos doces e saborosos como só os do nosso cajuí! E vermelhos! Vermelhos como se expressassem sua paixão pela vida, ampliando sua condição de alimento e atingindo patamares poéticos!

Apesar de raquítico, meu cajuizeiro me presenteia com grande quantidade de frutos, todos os anos. Tantos que chegam a causar dúvidas, muitos não entendem como árvore tão singela produz assim. Eu entendo!  Primeiro porque conheço o Cajuí, conheço sua força. Tenho intimidades de infância com esse tipo encantador de caju. Mesmo sendo minúsculo, possui elevado teor de sacarose, beleza e poesia, nosso enfeitador natural do cerrado! Depois, porque sempre apostei na força dos que resistem, eles são capazes das maiores façanhas!   

Plantei outra mangueira, que também achei em um canto de muro, mas não embaixo de uma mangueira maior. Não preciso dessa garantia! Peguei a primeira muda que achei com aspecto de “pé de manga” e finquei ao solo. Não quero nem saber se é manga rosa, espada ou folhinha. Quero a sombra e isso é tudo. Mas não sombra de cajuí, que já tenho aqui, não de araucária, que não sou Bandeira*. O que quero mesmo é sombra de mangueira!


*Referência ao poeta Manuel Bandeira autor do poema “À sombra das araucárias”




terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Porto Alegre do Tocantins



Porto Alegre do Tocantins,distante 291 km da capital Palmas, foi palco do Projeto "Arte e Cultura na praça", no dia 22 de dezembro de 2013. O projeto idealizado por Toninho Borges, tem apoio da Fundação Cultural do Tocantins e da SEDUC-TO.



                Presente lindo: Boneca de Fuxico confeccionada por Dona Bebé, moradora nonagenária.










                                                             
                                                           Santa Luzia Barroca


           Senhor Marcionílio, morador que se destaca por ter dedicado uma vida inteira ao trabalho voluntário